No ano de 2015, a União Europeia assinou o Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a 1,5°C, tendo mais tarde assumido o compromisso de se tornar o primeiro continente a atingir a neutralidade climática em 2050.
Através do Pacto Ecológico Europeu, um pacote de medidas deverá permitir às empresas e aos cidadãos europeus beneficiar de uma transição sustentável, justa e inclusiva.
Contudo, apesar dos esforços políticos para a concretização desta visão, ainda não estamos no caminho certo para a neutralidade carbónica até 2050, e cabe às empresas tomarem a responsabilidade de liderança nesta intensa jornada, começando pelo cumprimento da meta de redução de 55% das emissões em 2030.
A mobilização das empresas para a transformação necessária em todos os setores e geografias é a única forma de evitar danos perigosos e irreversíveis para as pessoas e para o planeta.
Globalmente, e no contexto da União Europeia em particular, a não incorporação de estratégias de sustentabilidade nos modelos de negócio diminui a competitividade e pode, em muito, pôr em causa a rentabilidade dos negócios e até mesmo a própria sobrevivência das empresas.
Ao longo dos últimos anos, as empresas têm sido confrontadas com a necessidade de incorporarem estratégias de sustentabilidade nos modelos de negócio.
A evolução do papel das empresas na sociedade e a crescente implementação de estratégias de sustentabilidade não pode ser vista separadamente do crescente número de exigências que, tanto os governos como o mundo financeiro, têm vindo a impor às atividades empresariais.
Esta é uma tendência que decorre do reconhecimento do papel das empresas e do sistema financeiro na transição para um mundo de desenvolvimento sustentável.
As novas regras envolvem a adoção, por parte das empresas, de medidas ambientais, como a adaptação às atuais alterações climáticas, bem como ao ambiente em geral. Como exemplo, podemos mencionar a preservação da biodiversidade, a prevenção da poluição e a economia circular.
Portugal apresentou resultados encorajadores nos rankings que medem o comportamento sustentável.
De acordo com um estudo conduzido pela Sustainable Development Solutions Network para avaliar a qualidade de execução da Agenda 2030 das Nações Unidas, Portugal alcançou o TOP 20, ocupando o 16.º lugar entre 167 países no ranking de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, com uma pontuação de 80,2.
Em 2024, a transição energética ganhou novo impulso, com Portugal a liderar iniciativas de energias renováveis. O país continuou a mostrar um compromisso sólido com as energias limpas, com uma meta ambiciosa de alcançar 85% de eletricidade renovável até 2030.
https://www.apren.pt/contents/documents/apren-2050-pt.pdf
Na Península Ibérica, a transição energética é particularmente importante para garantir a sustentabilidade e a competitividade no futuro.
Portugal e a Península Ibérica podem ter um papel fundamental no abastecimento energético da Europa.
As extensas oportunidades para a produção de energia renovável, com boa relação custo-benefício, e as “matérias-primas” abundantes são aliciantes.
A estrutura industrial madura indica que a região está bem posicionada para capturar o crescimento verde que a transição energética pode trazer neste contexto.
Juntamente com a necessidade urgente de descarbonizar, para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, a transição energética representa uma oportunidade significativa.
Na Zembe, vemos o paradigma criado pela ESG, sigla para Ambiental, Social e Governança Corporativa, como algo transformador nos negócios e investimentos. Este conceito, que aborda três pilares fundamentais, faz, e continuará a fazer com maior preponderância no futuro próximo, parte das práticas corporativas responsáveis e sustentáveis que regem a Zembe.
A componente ambiental considera tudo o que está relacionado com a gestão consciente dos recursos naturais e a mitigação de impactos ambientais. O aspeto social concentra-se na preocupação com o bem-estar das partes interessadas e das comunidades envolvidas com a empresa. A governança corporativa visa aprimorar a transparência e a ética nos processos de tomada de decisão da organização.
Para a Zembe, o ESG não é apenas visto como uma moda, mas sim uma abordagem integral que procura equilibrar o sucesso económico com o bem-estar da sociedade e a preservação do meio ambiente, impactando positivamente as empresas, os investidores e o mundo em geral. O Plano de Sustentabilidade da Zembe encontra-se estruturado nos três eixos da ESG (Ambiental, Social e Governança Corporativa), onde tivemos ainda a preocupação de contribuir, à nossa escala, para ir ao encontro dos SDGs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) identificados pelas Nações Unidas.
Pelo tipo de atividade da empresa, os SDGs sobre os quais podemos ter mais impacto são:
Apesar de nos focarmos em quatro objetivos de sustentabilidade, as nossas ações também têm impacto em outras cinco metas das Nações Unidas:
Plano de Sustentabilidade 2024
Esta nossa forma de atuação já está a ser reconhecida, tendo recentemente recebido o selo Ecovadis Committed, com uma pontuação de 57/100, ficando apenas a 1 ponto do selo Bronze.
A EcoVadis é a maior plataforma global de avaliação de sustentabilidade, que analisa o desempenho ambiental, social e ético das empresas. Utilizando critérios baseados em normas internacionais, ajuda as organizações a monitorizar e a melhorar práticas sustentáveis. Com mais de 100.000 empresas avaliadas, promove a transparência na cadeia de valor. A certificação EcoVadis é reconhecida como um indicador de compromisso com a sustentabilidade.
Acreditamos que só podemos evoluir se medirmos. Estamos, desde a primeira hora, comprometidos em, de forma transparente, partilhar os nossos resultados. Por esse motivo, fomos das primeiras empresas a reportar toda a nossa informação ambiental à Plataforma SIBS ESG, que reúne e disponibiliza as informações para várias instituições bancárias em Portugal. Esta iniciativa valeu-nos o seguinte reconhecimento:
A plataforma ESG da SIBS permite às empresas centralizar, reportar e partilhar dados de sustentabilidade com instituições financeiras, facilitando o cumprimento de normas europeias e o acesso a financiamento sustentável.